sábado, 31 de julho de 2021

Amor de Pai

 

Quando chega a noite mais escura,

E ela sempre vem.

Quando tudo que há de valor se perde

E o vazio não faz bem,

Ali está a sua mão estendida.

 

Quando reconhecemos que nada somos

Mas o sofrimento nos maltrata mesmo assim.

Quando a vida vira um peso e uma incerteza,

E o silêncio é um clarim,

Sua voz nos acalma.

 

Quando a dor rouba de nós a razão,

E ela tem esse poder.

Quando nada mais faz sentido,

E o tempo começa a correr,

Seu amor cura nossas feridas.

 

Pai,

Seu olhar atento nos acalenta.

Sua presença nos fortalece.

Seu poder nos levanta.

Seu amor nos enaltece.

 

Quem somos nós para que nos ouça?

Neste vasto universo, nosso pulsar não faz diferença.

Nosso planeta sem nós sempre vai existir.

Mesmo assim, nos enche de amor e esperança,

Como filhos que pertencem a ti.


Rio de Janeiro, 29 de julho de 2021.

Carlos Bianchi de Oliveira