Que grande ironia é o nosso caminhar
Pela estrada do tempo fugaz
Em que é impossível parar
Porque o chão que nos sustenta
Continuamente se movimenta
E deixa tudo para trás.
No entanto, o passado
Não se perde no caminho
Pois por nós é resgatado
Pelas lembranças que o coração alimenta,
Porque delas se sustenta,
E nelas faz o seu ninho.
Mas a caminhada permanece
Enquanto há pulsar de vida.
Contudo, de tudo que acontece
Muito pouco se retém e acumula
Do aroma que o viver exala
Quando a noite é interrompida.
Seguimos nosso destino
Até que a caminhada se acabe.
Velho, moço ou menino,
Não importa, pois sempre será breve
O peso que um dia fica leve
Quando a terra mãe enfim nos recebe.
Carlos Bianchi de Oliveira
12 de julho de 2012
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