quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Eu... condenado


Tenho fugido de mim,
Dos meus medos, do que fui, do que sou, do que posso vir a ser
Nesse mar de incertezas sem fim
Em que uma parte sobre a outra pode prevalecer.

Definir-me é uma tarefa inglória
Pois sou múltiplas composições
De crenças, valores, memória
Entre novas e velhas lições.

Sou um produto inacabado
Em transformação constante,
Um universo não explorado
Um eterno viajante
                             [do meu espaço interior]

Não sou o que desejava ter sido
Mas reprimi o mal que me condena,
E nesse labirinto enoitecido,
Vou cumprindo a minha pena.

Carlos Bianchi de Oliveira
03 de dezembro de 2012

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