Tenho fugido de mim,
Dos meus medos, do que fui, do que sou, do que posso vir a
ser
Nesse mar de incertezas sem fim
Em que uma parte sobre a outra pode prevalecer.
Definir-me é uma tarefa inglória
Pois sou múltiplas composições
De crenças, valores, memória
Entre novas e velhas lições.
Sou um produto inacabado
Em transformação constante,
Um universo não explorado
Um eterno viajante
[do meu espaço interior]
Não sou o que desejava ter sido
Mas reprimi o mal que me condena,
E nesse labirinto enoitecido,
Vou cumprindo a minha pena.
Carlos Bianchi de Oliveira
03 de dezembro de 2012
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