Eu que sempre gostei do Silêncio,
Hoje estranho estar a sós com ele.
Aquele que era um amigo achegado
Rouba agora a minha paz no vazio.
Algo mudou em mim,
Ou foi nele a mudança?
O Silêncio é o começo do fim,
Ou uma incompreensível forma de esperança?
Não sei dizer.
Não tenho a resposta.
Apenas reconheço que
Tenho medo de ser o que me resta.
A casa é enigmática sem movimento,
Sem vozes em seus cômodos,
Trazendo sentimentos incômodos,
Junto com um amargo e frio desalento.
Carlos Bianchi de Oliveira
Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2018
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