Meu amigo, como dói
Ver você encalhado sobre incontáveis grãos,
Onde o mar tão imenso te destrói
Em ondas infinitas de sentimentos vãos.
Agora esquecido e abandonado,
Chora silencioso sobre seus restos mortais
Que nada valem em seu soturno fado
Das saudosas viagens imemoriais.
Meu velho tronco hoje sem forma,
Penso no seu grande valor de outrora
E na criatura desalmada e erma
Que te deixou aí um dia e foi embora.
Carlos Bianchi de Oliveira
Rio de Janeiro, 07 de dezembro de 2020.
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