Segue a angustiante espera
Como
nas histórias de amor,
Em
que o instante se eterniza
E a
esperança esmorece
Ante
ao opressor.
Segue
o silêncio moribundo,
Sem
mundo interior.
E a
ferrugem da paciência,
Que
corrói da luz o brilho,
Eleva
todo o torpor.
Segue
a loucura humana,
Na
partitura insensata e insana,
Que,
sem razão, acredita
E
grita desesperadamente
Diante
da verdade que emana.
Segue
a dor fatídica dos fatos,
Sentida,
sofrida, imensurada, inexplicada.
O
sono, que embriaga,
Traz
o alívio da realidade
Que
sonha até ser novamente despertada.
Carlos Bianchi de Oliveira