quarta-feira, 27 de junho de 2012

Sem Voz




Pergunto-me às vezes
Por que me silencio
Diante do torvelinho
De tuas insanas preces,

E não encontro respostas.

Pergunto-me também
Por que sou bravio
Diante do teu silêncio
Conclusivo de amém,

E me condeno.

Pergunto-me ainda
Por que hesito
Diante do teu afeto
De candura emanada,

E derramo lágrimas
[silenciosas].

Carlos Bianchi de Oliveira



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