sexta-feira, 15 de junho de 2012

Espera




Segue a angustiante espera
Como nas histórias de amor,
Em que o instante se eterniza
E a esperança esmorece
Ante ao opressor.

Segue o silêncio moribundo,
Sem mundo interior.
E a ferrugem da paciência,
Que corrói da luz o brilho,
Eleva todo o torpor.

Segue a loucura humana,
Na partitura insensata e insana,
Que, sem razão, acredita
E grita desesperadamente
Diante da verdade que emana.

Segue a dor fatídica dos fatos,
Sentida, sofrida, imensurada, inexplicada.
O sono, que embriaga,
Traz o alívio da realidade
Que sonha até ser novamente despertada.

Carlos Bianchi de Oliveira

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