Onde está a
verdadeira beleza humana?
Não no corpo que
seduz,
Não no rosto de
porcelana,
Não no músculo que o
exercício produz.
Também não está na
eloquência,
Tampouco na força
física.
Nem mesmo na
resistência
Ou na admirável
lógica.
A verdadeira beleza
está no sorriso
Doce que na face
irradia.
Não um cobiçoso,
Sarcástico ou cheio
de ironia.
Mas aquele
despretencioso,
Que eu lembro ter
visto um dia
No semblante de um
homem idoso
E da criança que tudo
fantasia.
Esse sorriso não é
gratuito.
Ele vem do fundo da
alma
De quem da vida não
pede muito
Mas que intensamente
ama.
Por isso, o mal
sofrido esquece,
E o erro simplesmente
perdoa.
Mesmo quando um dia
se aborrece,
A paz íntima no rosto
ecoa.
Esse sorriso leve
contagia.
Rompe barreiras de
tal forma
Que a guerra jamais
conseguiria:
Suave, branda e
calma.
Tenho saudades dessa
beleza
Que o ódio, a
excessiva justiça,
A inveja, e o anseio
por vingança
Furtam de nós de
forma impiedosa.
E roubam-nos o brilho
da vida,
Consomem nossas mais
puras energias
Trazendo em troca uma
imagem cansada,
De ternuras fugidias.
Carlos Bianchi de
Oliveira
8 de agosto de 2012
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