quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Renascer



Aquele pequeno gesto
Tão singelo e anônimo que vi
Me fez esquecer do resto
Que ainda se pode ouvir

Do mal que predomina
E a todos desatina
De modo crescente e gradual
Sem barreira, forte e letal.

Um gesto inocente e doce
Parece dizer mais do que disse
Como se possível fosse
Nascer com essa expertise.

Embora o mal se desenvolva
Parece que a virtude renasce
Como a luz centelha da alva
Que a cada dia floresce.

Um gesto, a mãozinha infante
A recolher a lágrima de uma
Desconhecida face indigente.

Carlos Bianchi de Oliveira
Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2013

2 comentários:

  1. Carlos...

    Tocante retrato da esperança... essa que insiste em viver.
    Obrigada por este post.

    Abraços

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  2. Kelly,

    Obrigado pela visita ao blog e pelo comentário. Fiquei muito feliz!

    Um grande abraço.

    Carlos

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