segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Ser Humano
Vidas passageiras,
Pessoas que vêm e que vão
Como frutas nas feiras,
Como sim e não.
Tempos e memórias:
Instantes: presente... passado... presente...
História de cada gente,
Batalhas, derrotas e vitórias.
Momentos felizes
Sentidos por esquecimento,
Entorpecidas matizes
Como a brisa e o vento.
Vidas humanas,
Pessoas, a gente.
Carlos Bianchi de Oliveira
Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 2016
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
Dignidade
Segue confiante a cumprir sua missão sagrada
De prover o sustento diário de sua família,
Porque o pouco é sempre melhor que o nada
E a honra que te acompanha tem mais valia.
Não se sinta um pobre derrotado
Como se nada fosse levar dessa vida,
Lembre-se daquela que permanece ao seu lado
E da sua prole mais que querida.
Sua luta não é inglória,
E sua batalha não teve fim,
Porque de todas a maior vitória
Não está em viver apenas,
Contando a cada dia as duras penas,
E nem seguir pensando assim.
Carlos Bianchi de Oliveira
Rio de Janeiro, 06 de outubro de 2016
terça-feira, 10 de maio de 2016
Sonho
Esta noite sonhei com você,
E no sonho sentia sua ausência doer,
Vinha a saudade da sua voz tão forte,
De mulher que constroi a própria sorte.
Sonhava perdidamente em flashback
Recordando uma vida inteira,
Colocada agora em cheque
Pela distância fria, derradeira.
Sentia o desprender de lágrimas
A molhar minha face abatida,
O tremer de lábios pela presença do nada
Causada por sua inexplicável partida.
De sobressalto abri meus olhos
Com o coração a explodir.
Contemplando seu sono tranquilo em retalhos
Acalmei a alma, voltei a sorrir!
Então beijei você com ternura
Pois, em minha divagação noturna,
Entendi que amar de verdade
Significa desejar de alguém a presença
(pela eternidade).
Carlos Bianchi de Oliveira
Rio de Janeiro, 03 de maio de 2016.
terça-feira, 19 de abril de 2016
Acidente
Um gesto, um movimento,
Uma ação despretenciosa,
O suficiente para que o ato
Se transforme em coisa desastrosa.
Basta a distração à insanidade,
O descuido ao inoportuno,
O medo à maldade,
A insegurança ao dano.
E tudo acaba mal,
Desaba, desmorona de repente,
Cai como avalanche mortal,
E fere de forma profunda a alma da gente.
Carlos Bianchi de Oliveira
Rio de Janeiro, 19 de abril de 2016
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Versos Que Ninguém Lê
Escritas pelo vento
espalhadas,
Fragmentadas em códigos
indistintos,
São as
palavras, versos de vidas,
Sem sons, sem
encantos,
Que produzi no escuro
instante
De uma parca lucidez
poética
Para se perderem no
presente
Momento em que a morte
se faz estática.
Inanes lirismos
mergulhados na solidão da indiferença,
Sem lúmen,
como um buraco negro.
Presentes esquecidos
na ausência,
Como terra que se pisa
sem qualquer emprego.
Então, sem
uma razão lógica,
Insisto em cultivá-las
como frágeis dependentes
Da minha inaptidão poética
Cerrada em inspiradas correntes.
Carlos Bianchi de
Oliveira
Rio de Janeiro, 15 de
fevereiro de 2016
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
Há Tempos
Há tempos que o estar só me incomoda,
Que a ausência de mim me furta o prazer
Dos momentos vividos de lembranças soltas,
Sensoriais, de uma vida estranhamente vivida
Pela falta de certas respostas certas
Fazendo do meu ser um não ser.
Há tempos não encontro aquele menino,
Não sei onde se escondeu nem por quê,
E tenho saudades em lágrimas ocultas
Dos herois vividos, do silêncio eterno
A contemplar as estrelas em noites vastas
Rumo ao infinito desconhecido da psique.
Há tempos me perco pelo caminho de mim
Ao olhar para trás e não encontrar o passado
E ao me virar para frente e não enxergar o futuro.
E sigo cultivando resolutamente este jardim
Na esperança de ver brotar a mais bela flor de doce cheiro
Neste peito que pulsa loucamente descompassado.
A flor capaz de unir história e memória,
Para poder dizer a mim mesmo o que e o quanto vivi.
Carlos Bianchi de Oliveira
Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 2016.
Que a ausência de mim me furta o prazer
Dos momentos vividos de lembranças soltas,
Sensoriais, de uma vida estranhamente vivida
Pela falta de certas respostas certas
Fazendo do meu ser um não ser.
Há tempos não encontro aquele menino,
Não sei onde se escondeu nem por quê,
E tenho saudades em lágrimas ocultas
Dos herois vividos, do silêncio eterno
A contemplar as estrelas em noites vastas
Rumo ao infinito desconhecido da psique.
Há tempos me perco pelo caminho de mim
Ao olhar para trás e não encontrar o passado
E ao me virar para frente e não enxergar o futuro.
E sigo cultivando resolutamente este jardim
Na esperança de ver brotar a mais bela flor de doce cheiro
Neste peito que pulsa loucamente descompassado.
A flor capaz de unir história e memória,
Para poder dizer a mim mesmo o que e o quanto vivi.
Carlos Bianchi de Oliveira
Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 2016.
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Amanhecer
O dia amanheceu preguiçoso
Com vontade de não acordar,
No solo descoberto eu ouço
A entrega da chuva que se dá,
Lavando a alma cansada,
Que insiste em não pensar em nada.
Carlos Bianchi de oliveira
Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2016
Com vontade de não acordar,
No solo descoberto eu ouço
A entrega da chuva que se dá,
Lavando a alma cansada,
Que insiste em não pensar em nada.
Carlos Bianchi de oliveira
Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2016
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