Escritas pelo vento
espalhadas,
Fragmentadas em códigos
indistintos,
São as
palavras, versos de vidas,
Sem sons, sem
encantos,
Que produzi no escuro
instante
De uma parca lucidez
poética
Para se perderem no
presente
Momento em que a morte
se faz estática.
Inanes lirismos
mergulhados na solidão da indiferença,
Sem lúmen,
como um buraco negro.
Presentes esquecidos
na ausência,
Como terra que se pisa
sem qualquer emprego.
Então, sem
uma razão lógica,
Insisto em cultivá-las
como frágeis dependentes
Da minha inaptidão poética
Cerrada em inspiradas correntes.
Carlos Bianchi de
Oliveira
Rio de Janeiro, 15 de
fevereiro de 2016
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