sexta-feira, 10 de maio de 2013

Vítimas da Violência

"Por causa do aumento do que é contra a lei, o amor da maioria se esfriaria." - Jesus, em Mateus 24:12.

Vidas banais perdidas em manchetes de jornais,
Histórias rompidas e lágrimas vertidas
Pela dor que não cala um segundo
Por causa da maldade crescente neste mundo.

Bandidos impunemente drogados
Roubam mais do que os bens levados,
Roubam paz, dignidade e futuro,
Deixando ao que era luz um profundo escuro.

Mulheres violentadas têm seu corpo ultrajado,
Ficando assim acorrentadas ao monstro do passado.
Sentem-se sujas, indignas e mortas
Sem que para isso haja respostas.

E as crianças? meu Deus, as crianças?!
Idefesas vítimas de roubadas infâncias.
Pobres meninos e meninas em plena formação
Vítimas da insana cobiça do estranho, do avô, do pai, do tio, do irmão.

Quem é esse que pratica o que é mau?
Aquele que ri debochadamente do valor da vida
E é pior do que o mais temido animal,
Porque possui uma mente moralmente corrompida.

O homem que espanca a mulher indefesa,
O pai e a mãe que descarregam a ira no filho,
O governante que se promove na pobreza,
E o covarde que por ciúmes desfere o golpe ou aperta o gatilho.

A violência aumentada o coração caleja
Por isso, o olho alheio não mais lacrimeja,
O que raro era, agora prospera
O que não se tolerava, não mais se reprova.

Que mundo é este, meu Deus?
Em que nos transformamos afinal?
Como dizer que somos filhos seus,
Se nada de puro resta ao homem mortal?

Somos vítimas de nós mesmos,
Do mal que libertamos com voracidade,
Da ideia clara que a cada dia vemos
De que somos reféns da impunidade.

Carlos Bianchi de Oliveira
Aracaju, 29 de abril de 2013

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