Tudo acontece de bom e de ruim
Num ciclo interminável de não e de sim,
Como uma necessidade inerente
De equilíbrio pendular entre corpo e mente.
Um estado de espírito inconstante
Que chora quando deveria rir
E se alegra apesar da dor presente,
Sem qualquer noção do porvir.
Louco? Talvez, quem sabe?
A insanidade é aquela que absorve
Os impactos dos flagelos que nos cabe
E que atingem a nossa inane verve.
Um instintivo recurso de sobrevivência:
Ignorar o fato e a consequência,
Letargicamente alheio aos efeitos da chama que arde
Em busca da enganosa sensação de felicidade.
Carlos Bianchi de Oliveira
Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 2013
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