A semente que nasce nada sabe
Daquilo que verá, ouvirá e sentirá
Até que se torne um baú de histórias vividas.
Rompendo o solo em busca do sol, ela sobe,
E as intempéries, com razão incerta, enfrentará
Como tantas outras a ela assemelhadas.
Um ciclo comum e corriqueiro
Efêmero, breve, curto, passageiro.
Ainda assim, singular e especial
Pois ela é filha e mãe sem haver outra igual.
Cresce viçosa com folhas verdejantes
Flori nas primaveras com exuberância,
Mas nos outonos se expõe e denúncia
Que é feita de raízes enterradas e aparentes.
No seu tronco ficam as marcas de tudo o que passou
Todas essas lacerações enchem-na de lembranças
Doces e amargas do que foi e ficou
Como lições em forma de sábias sentenças.
Carlos Bianchi de Oliveira
Rio de Janeiro, 6 de
janeiro de 2014
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