Às vezes, olho
para a vida
No afã de querer
entendê-la.
Em vão, leio a distância percorrida
Que sempre deixa alguma sequela
Porque foi escrita em língua
desconhecida,
Com caracteres amorfos e desconexos,
Que parecem nada explicar ainda,
Deixando meus sentidos perplexos.
E isso me cansa, fatiga,
Visto que ainda não cheguei ao
fim.
O que se fez história antiga,
Como peso, então carrego
dentro de mim
Nessa jornada rumo ao nada,
Esse mergulho que finda o orgulho
De qualquer vaga ideia de merecimento
Entre o fim e um dado momento.
Tolamente, tento ainda entender meu semelhante.
Irônico acreditar em tal possibilidade
Pois há mistério profundo em cada mente,
Distorcendo o sentido de toda insana idade.
Enfim, resta seguir em frente
E viver o que for possível,
Acreditando que no instante presente
Nada mais sou que um enigma volátil.
Carlos Bianchi de Oliveira
Rio de Janeiro, 06 de novembro de 2014
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