Sou serra e verde
Você, mar e azul.
Sou água doce que
flui e mata a sede
Você, o sal que preserva de norte a sul.
Sou a flor solitária e poética,
Você, a coluna sólida, estática.
Sou o silêncio da
quietude,
Você, o vulcão vivo e
latente.
Sou a palma da mão estendida,
Você, o socorro que salva vida.
Sou a paz pelo medo,
Você, a luta sem segredo.
Somos contrastes em termos
Por sermos tão
desiguais.
Porém não somos ermos:
juntos, formamos férteis
trigais.
Então
espero que a minha insanidade
Você
perdoe liberalmente,
Porque entre o coração e a mente
Há
uma ponte para cada metade.
Carlos Bianchi de Oliveira
Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2014
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