Cai a noite, finda o dia
Como ciclo em espiral
A dizer que a esperança fugidia
Raiará na janela
principal.
Como Fênix sempre viva
Como ondas a ir e vir,
A noite tem a alva
A lhe trazer novo luzir.
O que esmorece, murcha,
Declina do amanhã que nasce,
Porque não procura não acha
A fonte da vida noutra face.
Lagarta ou borboleta, tanto faz.
O que vale é o que se viveu,
E como se deu é o que apraz
Se foi cumprido o seu papel.
Então levante essa cabeça
Que ainda não acabou.
Não permita que a dor te impeça
De desejar que venha o sol.
Carlos Bianchi de Oliveira
Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2014
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