terça-feira, 11 de novembro de 2014

Ciclo

Cai a noite, finda o dia
Como ciclo em espiral
A dizer que a esperança fugidia
Raiará na janela principal.

Como Fênix sempre viva
Como ondas a ir e vir,
A noite tem a alva
A lhe trazer novo luzir.

O que esmorece, murcha,
Declina do amanhã que nasce,
Porque não procura não acha
A fonte da vida noutra face.

Lagarta ou borboleta, tanto faz.
O que vale é o que se viveu,
E como se deu é o que apraz
Se foi cumprido o seu papel.

Então levante essa cabeça
Que ainda não acabou.
Não permita que a dor te impeça
De desejar que venha o sol.

Carlos Bianchi de Oliveira
Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário